segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Em busca de sombra e água fresca

Em busca de sombra e água fresca. Quem não quer?
Meu ombrelone estava todo depauperado. O plástico que o cobria já estava todo rasgado.

Não existe quem faça este tipo de serviço. Dá para acreditar?
Sobrou para mim. Aliás, já é a segunda vez que o reformo, porque vai completar dez anos que comprei e naturalmente que durante todo este tempo, ele já se entregou duas vezes.

Num primeiro momento me apavorei, quando descobri que não havia quem fizesse a troca e num segundo momento, me dei conta que não deveria ser uma coisa que eu não pudesse fazer. Afinal faço bolsas, né? rsrsrsrs

Bem, aí estão as duas fotos que fiz dele. 
Um nude e um "vestido".

Que tal?




quinta-feira, 15 de outubro de 2015

O legal é que quando você acha que nada mais vai ficar legal, fica. Fica legal.

Isto me lembra fragmentos do  poema Juca Pirama, de Gonçalves Dias:
(...) Meu canto de morte, 
Guerreiros, ouvi: 
Sou filho das selvas, 
Nas selvas cresci; 
Guerreiros, descendo 
Da tribo tupi. (...)

As crianças têm o dom e o poder de restaurar o que nos quebrou, né?
Fiquei muito grata à minha amiga que me pediu estes dois babeiros para uma menininha.




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terça-feira, 15 de setembro de 2015

A pequena loja da rua principal


Dia 6 de setembro fizemos uma pequena viagem para o interior do Rio Grande do Sul. Na verdade fomos no dia 5, porque no dia seguinte, era o aniversário de uma grande amiga e iríamos almoçar no interior do interior. Seria em um lugar misto de café colonial e restaurante. 
O dia estava lindo, era um domingo e no dia seguinte, feriado.
Depois do almoço, passamos um uma cidadezinha bem pequenina, Itapuca, 
que na verdade pertence à cidade para onde fomos, Anta Gorda.
Ao passarmos pela rua principal, nos deparamos com esta casa. Estava fechada. Mas o amigo que nos acompanhava conhecia a dona e foi lá pedir para ela abrir o armazém. sim, a casa além de residência, também tinha um armazém/bazar/boutique/armarinho/tudo.
E ela, aliás, Elas, abriram as portas para que pudéssemos conhecer. 
Uma casa linda, com cheiro de casa de verdade.
Me senti um japonês no Louvre. As fotos não fazem jus à beleza da casa. Mas deixo aqui as fotos e também um link para quem quiser saber mais sobre o filme que deu título ao post.




Esta foto da casa foi feita pela m,inha amiga e comadre, Rosane Tremea. 
Mirem!


















 Este blog não é sobre viagens e/ou turismo, mas é sobre basicamente costura e tudo de mágico que um quartinho de costura pode conter. Achei que no meu quartinho de guardados, caberia esta mágica casa. 

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Porque faço bolsas

Porque as mulheres usam bolsas.

Já publiquei aqui esta crônica da Nélida Piñon, sobre bolsa de mulher, mas republico hoje (abaixo), porque resolvi fazer um apanhado dos primeiros anos de blog e das bolsas deste período.

Embora esteja sem costurar nestes últimos tempos, ainda é um dos meus maiores prazeres. 

Voltarei a ele brevemente, mas enquanto isto, irei fazendo posts e mosaicos das coisas passadas.



A vida ao alcance
A bolsa feminina é um bem inestimável. Uma extensão natural do lar da mulher. Ao sair de casa, o seu cotidiano reproduz-se simbolicamente no conteúdo da bolsa. Ali concentra-se o que ela necessita para a exaustiva jornada longe da toca. Tudo que lhe permite afastar-se sem perigo, sem se sentir desalojada de seus pertences e que lhe assegura o retorno ao casulo.
Nesta bolsa, território mágico e secreto, a vida está ao seu alcance. Como uma espécie de armário onde fosse guardando guloseimas e quinquilharias que jamais constituem desdouro para sua honra.
Observo a minha bolsa. Ela é o meu calvário. Pesa uns dois quilos nos dias comuns. Quase sucumbo a seu peso e a seu mistério. Aflita, passo em revista o seu interior, apalpo suas vísceras, no empenho de eliminar metade dos pertences. Incapaz, contudo, de livrar-me de um excesso que me condena, trato de saber a que método e critérios obedeci na seleção destes objetos que, acomodados no fundo do leito da minha bolsa, atendem às carências de meus dias.
Mas como explicar minha alma em tão poucas palavras? Ou buscar descobrir as razões de as mulheres arrastarem estas sacolas que mais parecem um apêndice de seu corpo. Um membro a atuar em perfeita sintonia com as demais partes de sua anatomia. Em tudo oposto ao homem que, concentrando seu universo nos bolsos da calça e do paletó, anseia por desvendar que emoções se concentram em uma bolsa feminina.
E acaso deveria ser diferente? Como poderia a mulher, encerrada há séculos no aquecido serralho da casa, guardiã eterna dos objetos familiares, nos quais imprimiu a marca da frustração e do sonho, enfrentar a vida de frente, prescindindo justo daqueles elementos que fazem parte de sua memória ancestral, de sua profunda razão de ser?
Como iria ela confiar no seu futuro a um simples cartão de crédito, a uma carteira de identidade, a um chaveiro, símbolos masculinos, se não se sente ainda bem-vinda ao universo dos vencedores? Constituído de homens que dispensam a tralha feminina em nome mesmo da sua arrogância social. Da iniludível certeza de haverem sido, por tempo ilimitado, reis da terra. Aquelas criaturas que se sabendo únicas, intransferíveis, não têm contas a prestar senão a elas próprias. Onde quer que se apresentem, a simples presença física constitui a melhor resposta.
Igual às demais mulheres, arregimento meus bens, confio à bolsa a sorte do meu cotidiano. Na surdina da noite admito ser esta sacola uma canga pesada. Embora espere um dia livrar-me dela, quando erguerei ao céu louvações, alvíssaras.
Nélida Piñon, do livro de crônicas, Até amanhã, outra vez.
p. 123, Editora Record, 1999.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Fios que se unem e se transformam

Com restinhos de linha, vou fazendo um cordão, com a técnica rabo de gato em tricô. Depois ele será novamente tramado e surgirá uma nova peça. Pode ser um colar, uma flor ou qualquer outra coisa que o fio possa se transformar. Vai depender também da minha paciência, rsrsrs.
Mas resolvi fazer uma prévia, para que vocês vejam como está ficando bonito e interessante. 

♥♫♥


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O estado das coisas

Uma vez postei no facebook, que a vida tinha me dado muita musculatura para algumas coisas e flacidez para outras. No momento a flacidez me domina. 
Por ene motivos, não consigo trabalhar no meu atelier. 

Minha casa anda em obras e isto atrapalha, e muito o meu fazer. Mas não é só isso.
Mas, como padeço da síndrome das mãos agitadas, apesar de tudo, sempre tenho que fazer alguma coisa com elas, porque senão a tensão só piora.

A única coisa que tenho conseguido fazer é crochê e mesmo assim sem muita sequência. Projeto várias coisas, começo e passo para outra. Algumas eu consegui fazer quase que de imediato. Foi o caso destes pegadores de panelas. Talvez pelo fato de ser com um fio amigável (rsrsrsrs), o fio Pingouin Craft 3, porque ele é mais robusto e muito macio. 
Com poucas carreiras, e alguns episódios de The Good Wife, o trabalho estava concluído.

Mas, como diz o provérbio: – não há mal que sempre dure e bem que nunca acabe.



As meadas domadas, (https://instagram.com/ninadeoliv).

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Peça coringa

Muitas vezes um colar dá aquele UP numa roupa ou na nossa aparência, não é mesmo?

E colares coloridos, mais ainda.

Estes são "rabos de gato" ou tricô circular. Confeccionei-os usando vários fios de linha, para que ficassem assim, grossinhos.

e como não tinha as agulhas, resolvi o problema fazendo as minhas agulhas com um hashi.

aproveitei e fiz uma de crochê um parte de um cabide.

Voilá!



















♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ 

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Quando não estou aqui

Quando não estou aqui, provavelmente estou no Instagram ou no Pinterest ou, ou, ou,... 
Ando em recesso criativo. Não consigo concluir o download.
Mas deixo aqui alguns registros dos últimos passos e que foram postados no Intagram.


Então é assim: você anda meio down e tua amiga comadre te chama para um almocinho e te entrega este mimo que ela trouxe dos EUA. 
Um kit para bordar em ponto cruz, um marcador de livro.
‪#‎amishquiltpattern‬ ‪#‎oldsalem‬


Uma trama nada diabólica


Flores para recepcionar o inverno


segunda-feira, 15 de junho de 2015

Gracias a La Vida


Hoje quero render graças à vida.

Apenas isto. Estar aqui já é muito

Este casaco de crochê eu comecei a fazer no hospital, no ano passado, após a minha cirurgia.

Hoje, é a metade do mês da metade do ano e por isso resolvi comemorar e reafirmar resoluções de ano novo: seguir em frente, sempre.

No caminho, as cores vão surgindo.







(...) Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio dos luceros que cuando los abro

Perfecto distingo lo negro del blanco

Y en el alto cielo su fondo estrellado

Y en las multitudes el hombre que yo amo (...)


Violeta Parra, a mulher de mil tormentos

terça-feira, 2 de junho de 2015

Ainda sobre a colheita de maio e das coisas que não postei

Seguindo o mesmo sentimento da postagem anterior, mostro para vocês este colar, de crochê.
São várias bolinhas unidas em uma base. Usei a cor preta, a verde e a cinza. Ficou uma bela composição. Acho que por isso ele já não está mais disponível, mas nada que não se resolva com um pedido seu para o meu email, tá bom?


Ontem esqueci de avisar que as minhas peças estão sendo comercializadas na loja Ovelha Negra.
Esta é a página dela no facebook 



segunda-feira, 1 de junho de 2015

Maio chegou ao fim

Maio chegou ao fim. E levou consigo muitas coisas.
Foi o mês das grandes emoções. Das maiores. 
Do nascimento e da morte.
E a vida não compartimenta emoções, todas vêm juntas, e a gente é que as viva.
Sofri dores terríveis e alegrias imensas neste mês de maio.
Mas ele se foi.




E agora eu vou compartilhar com vocês as coisas que produzi e não consegui postar.
Toda a minha alma foi envolvida nestes trabalhos que irei postando. 
Espero que gostem.


Esta bolsa foi feita com aqueles malotes dos correios, sabem? Eu ganhei alguns e consegui fazer algumas poucas bolsas, que chamo de Malote (dã!). Esta é uma das últimas que deu para produzir. 
Talvez eu ainda consiga fazer outra com os retalhos que restam.
Ela é grandona, resistente e super charmosa, porque tem aquele ar de irreverência, algo meio boho.







quarta-feira, 15 de abril de 2015

A mala legal

Você tem um nenê?
Vai ter um por agora?

Você vai dormir na casa do namorado.
Você vai dormir na casa da namorada. Por que não, né?

Você faz viagens nos finais de semana?

Você carrega muitos livros e notebook pra lá e para cá?

Bem, então esta bolsa foi fita para você.

Super espaçosa, estruturada, com bolsões internos e bolsos externos.
Forro fofo e querido. Alças fixas e removível.













Medidas aproximadas:
altura 30 cm sem alças e 46 cm com alças
largura 40 cm, base e fundo 40 cm X 16 cm


E aqui o casal, Javiera e Tomás, que esperam o Santiago e levarão as coisinhas dele nesta bonita e necessária bolsa.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Devagar se vai ao longe ... e para

Esta bolsa foi única.
Não mais.
Never more.


Pelo menos não do jeito que esta foi concebida. 
Teve um pecado original, que foi a ideia de crochetar em torno de correias de máquina de costura.


Foi uma trabalheira danada, por isso que não voltarei a repetir.
Talvez repita o modelo, mas usando outro tipo de base, mas correia de máquina não rola mais.


Ela tem os lados e o  fundo em tecido e fiz um quilt livre nele. Tem bolsinho interno. Não postei as fotos devido à má qualidade delas.

De qualquer modo ela ficou linda e foi vendida praticamente na hora que foi exposta.

Ficou show!

E minha amiga Telia Negrão só agregou (rsrsrs) valor.