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quarta-feira, 15 de abril de 2015

A mala legal

Você tem um nenê?
Vai ter um por agora?

Você vai dormir na casa do namorado.
Você vai dormir na casa da namorada. Por que não, né?

Você faz viagens nos finais de semana?

Você carrega muitos livros e notebook pra lá e para cá?

Bem, então esta bolsa foi fita para você.

Super espaçosa, estruturada, com bolsões internos e bolsos externos.
Forro fofo e querido. Alças fixas e removível.













Medidas aproximadas:
altura 30 cm sem alças e 46 cm com alças
largura 40 cm, base e fundo 40 cm X 16 cm


E aqui o casal, Javiera e Tomás, que esperam o Santiago e levarão as coisinhas dele nesta bonita e necessária bolsa.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

E agora, para onde vou?

Sim, porque a mala de viagem eu já tenho.
Falta o roteiro. Então falta quase nada, porque depois de ter uma mala
tão chamorsa, ficará mais fácil de decidir.




Mala de mão, super estruturada, feita em jacquard e cânhamo. Tem rebites, cravos no fundo e alça regulável e removível.


Forro em algodão com bolsos de zíper e elástico, para as miudezas. Tem bolsos externos com zíper também.

Indisponível


Feita sob encomenda.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Vamos fugir?

Vamos fugir beibe?
Desse lugar, beibe?
Não quero mais que você car(reggae) minhas coisas.
Agora eu tenho uma mala.



E, se eu tenho, você também poderá ter, amiga caminhoneira, rsrsrsrs.


Brincadeira. Esta mala não é minha. Ela já tem dona.


Eu, por enquanto, só tenho o reggae.

Ela é feita com brim, tem forro macio de algodão. Tem bolso interno e bolsão externo. Tem alça regulável e destacável, com dois mosquetões. Alças com rebites e cravos no fundo.
Medidas aproximadas: 44cm de comprimento, 35cm de altura e 24cm de largura (fundo).

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Elevada ao cubo


Ela é assim, uma potência.
Fiz esta bolsa para mim, mas compartilho com quem mais quiser. Ela é um cubo mesmo, tem os seis lados iguais.
tem um bolso de elástico interno e dois bolsões externois pras coisas urgentes, como chave, celular, mp3/4/5/6/7/8/9/10..... ao infinito e além.
Mas se tudo que é urgente vai nos bolsos externos, oq ue vai dentro da bolsa?
Esta indagação quase universal, é respondida aqui e abaixo, pela Nelida Piñon




Voilá, Nélida Piñon
A vida ao alcance
A bolsa feminina é um bem inestimável. Uma extensão natural do lar da mulher. Ao sair de casa, o seu cotidiano reproduz-se simbolicamente no conteúdo da bolsa. Ali concentra-se o que ela necessita para a exaustiva jornada longe da toca. Tudo que lhe permite afastar-se sem perigo, sem se sentir desalojada de seus pertences e que lhe assegura o retorno ao casulo.
Nesta bolsa, território mágico e secreto, a vida está ao seu alcance.
Como uma espécie de armário onde fosse guardando guloseimas e quinquilharias que jamais constituem desdouro para sua honra.
Observo a minha bolsa. Ela é o meu calvário. Pesa uns dois quilos nos dias comuns. Quase sucumbo a seu peso e a seu mistério. Aflita, passo em revista o seu interior, apalpo suas vísceras, no empenho de eliminar metade dos pertences. Incapaz, contudo, de livrar-me de um excesso que me condena, trato de saber a que método e critérios obedeci na seleção destes objetos que, acomodados no fundo do leito da minha bolsa, atendem às carências de meus dias.
Mas como explicar minha alma em tão poucas palavras? Ou buscar descobrir as razões de as mulheres arrastarem estas sacolas que mais parecem um apêndice de seu corpo. Um membro a atuar em perfeita sintonia com as demais partes de sua anatomia. Em tudo oposto ao homem que, concentrando seu universo nos bolsos da calça e do paletó, anseia por desvendar que emoções se concentram em uma bolsa feminina.
E acaso deveria ser diferente? Como poderia a mulher, encerrada há séculos no aquecido serralho da casa, guardiã eterna dos objetos familiares, nos quais imprimiu a marca da frustração e do sonho, enfrentar a vida de frente, prescindindo justo daqueles elementos que fazem parte de sua memória ancestral, de sua profunda razão de ser? Como iria ela confiar no seu futuro a um simples cartão de crédito, a uma carteira de identidade, a um chaveiro, símbolos masculinos, se não se sente ainda bem-vinda ao universo dos vencedores? Constituído de homens que dispensam a tralha feminina em nome mesmo da sua arrogância social. Da iniludível certeza de haverem sido, por tempo ilimitado, reis da terra. Aquelas criaturas que se sabendo únicas, intransferíveis, não têm contas a prestar senão a elas próprias. Onde quer que se apresentem, a simples presença física constitui a melhor resposta.
Igual às demais mulheres, arregimento meus bens, confio à bolsa a sorte do meu cotidiano. Na surdina da noite admito ser esta sacola uma canga pesada. Embora espere um dia livrar-me dela, quando erguerei ao céu louvações, alvíssaras.
—-
Nélida Piñon, do livro de crônicas, Até amanhã, outra vez.
p. 123, Editora Record, 1999.